Facheiro - Pilosocereus piauhyensis
Com caule ereto e coloração verde escura, o Facheiro impressiona pelos espinhos dourados translúcidos que dão um toque elegante à planta. Pode alcançar até 2,5 metros, sendo ideal para quem busca uma planta que se destaque pela forma e textura. Adaptado ao clima seco, precisa de sol pleno e regas moderadas, com solo bem drenado. Fácil de cuidar, é perfeito para jardins ou vasos amplos.
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Sobre
Planta típica do bioma da caatinga no Nordeste brasileiro, apresenta porte arbustivo que pode atingir entre 1,5 e 2,5 metros de altura, com caule ereto, pouco lenhoso e de coloração verde escura brilhante. Seus caules se destacam por possuir de 14 a 21 costelas e espinhos translúcidos dourados, com espinhos centrais mais longos e eretos e espinhos radiais achatados contra o caule. As areolas, localizadas próximo ao ápice, carregam pelos longos que variam do branco ao cinza e espinhos flexíveis dourados, características que conferem um aspecto único à planta.
As flores são bastante marcantes, com botão obtuso e flores abertas que medem de 5,5 a 7,5 cm de comprimento, exibindo formato alargado e diâmetro entre 3 e 4 cm. Seus frutos têm formato globoso deprimido, com cerca de 3,8 cm, destacando-se pela polpa de cor magenta vibrante, um traço incomum que ajuda na identificação da espécie. Essa combinação de caule ereto, espinhos dourados e frutos coloridos torna o facheiro uma espécie singular e facilmente reconhecível em seu ambiente natural.
Originário dos estados do Piauí, Rio Grande do Norte e possivelmente Ceará, está adaptado às condições áridas e semiáridas típicas do Nordeste brasileiro. A ausência de um cephalium, o tubo floral delgado e a morfologia específica dos frutos são características que o diferenciam de outras espécies próximas, reforçando seu status como uma planta de interesse tanto botânico quanto paisagístico para regiões de clima semelhante.
Cuidados
Para o cultivo do Facheiro (Pilosocereus piauhyensis), o solo ideal deve ser bem drenado, preferencialmente uma mistura arenosa que evite o acúmulo de água nas raízes, característica importante para cactáceas. A planta se desenvolve melhor em locais com bastante luminosidade, sendo recomendada a exposição direta ao sol por várias horas ao dia para garantir seu crescimento saudável.
A rega deve ser moderada, permitindo que o substrato seque completamente entre uma rega e outra, especialmente nos períodos mais frios ou úmidos. O excesso de água pode causar apodrecimento das raízes, por isso é fundamental evitar encharcamento. Em relação à temperatura, o Facheiro adapta-se bem a climas quentes e secos, típicos do nordeste brasileiro, e não tolera geadas.
Pragas comuns que podem afetar esta espécie incluem cochonilhas e pulgões, que devem ser controlados com inspeções regulares e, se necessário, com o uso de produtos específicos para cactus. Quanto à propagação, o método mais eficiente é o estaquia, utilizando segmentos do caule que podem ser enraizados em substrato adequado após um período para cicatrização do corte, facilitando o desenvolvimento de novas plantas.
Seguindo essas orientações, o cultivo do Facheiro pode ser feito com sucesso, valorizando suas características únicas e sua adaptação ao clima seco.
Morfologia
O porte do Facheiro - Pilosocereus piauhyensis é arbustivo, apresentando geralmente ramos que se desenvolvem a partir da base, podendo atingir entre 1,5 e 2,5 metros de altura. Seus caules eretos possuem uma coloração verde escura brilhante e textura lisa, com diâmetro variando entre 5 e 7,5 cm. Cada caule exibe de 14 a 21 costelas, que são lisas, sem dobras transversais, característica que contribui para sua identificação.
As espinhas se destacam pelo tom dourado translúcido. As espinhas centrais, em número de 5 a 9, são ascendentes a eretas e medem entre 5 e 15 mm, enquanto as espinhas radiais, mais numerosas (11 a 16), ficam achatadas contra a superfície do caule, com comprimento de 3 a 8 mm. As areolas floríferas estão localizadas próximas ao ápice dos ramos e possuem longos pelos que variam do branco ao cinza, além de cerdas douradas flexíveis, conferindo um aspecto característico.
As flores apresentam botões obtusos e, quando abertas, possuem formato alargado com comprimento entre 5,5 e 7,5 cm e diâmetro de 3 a 4 cm. Já os frutos têm formato globoso deprimido, medindo cerca de 3,8 cm de diâmetro, e se abrem por fendas laterais. A polpa interna chama atenção pela coloração magenta, uma característica pouco comum entre os cactos. Essas particularidades morfológicas facilitam a identificação da espécie e destacam sua singularidade dentro do gênero Pilosocereus.
Distribuição e Habitat
O Facheiro (Pilosocereus piauhyensis) é encontrado naturalmente na região Nordeste do Brasil, com ocorrência confirmada especialmente nos estados do Piauí e Rio Grande do Norte, e provavelmente também no Ceará. Essa distribuição restringida a essa faixa geográfica sugere que a planta está adaptada a condições ambientais típicas dessa região, que incluem clima semiárido com períodos de seca e alta incidência de luz solar.
Habitando áreas características do bioma Caatinga, essa espécie prefere ambientes abertos e solos bem drenados, onde pode se desenvolver em solos arenosos ou pedregosos típicos do Nordeste brasileiro. Sua presença em diferentes localidades dentro desses estados indica uma capacidade de adaptação a microhabitats variados, desde regiões mais áridas até áreas com maior disponibilidade de umidade sazonal.
Embora seja uma planta nativa com distribuição natural restrita ao Nordeste, não há registros confirmados de introdução dessa espécie em outras regiões do Brasil ou fora do país. Sua ocorrência limitada reforça a importância da conservação dos habitats naturais onde ocorre, garantindo a manutenção das condições ambientais que favorecem seu crescimento e reprodução.
Taxonomia
Pilosocereus piauhyensis está classificado na família Cactaceae, dentro do gênero Pilosocereus, que agrupa cactos de porte arbustivo e colunar, típicos do Nordeste brasileiro. A nomenclatura científica atual é Pilosocereus piauhyensis (Gurke) Byles & G. D. Rowley, estabelecida em 1957, mas a espécie já foi descrita sob outros nomes, como Cereus piauhyensis e Cephalocereus piauhyensis, refletindo revisões taxonômicas ao longo do tempo.
Existem subespécies reconhecidas, como Pilosocereus piauhyensis subsp. mucosiflorus, anteriormente tratada como Pseudopilocereus mucosiflorus, e Pilosocereus piauhyensis subsp. gaturianensis, que já foi considerada espécie distinta (Pilosocereus gaturianensis). Essas variantes indicam variações morfológicas e geográficas dentro do grupo, o que contribui para a complexidade da classificação.
O gênero Pilosocereus pode ser confundido com gêneros próximos como Cephalocereus, devido ao hábito de crescimento colunar e semelhanças na estrutura dos caules. Entretanto, detalhes como a ausência de cephalium e características específicas das espinhas e flores auxiliam na identificação correta. Popularmente, a espécie é conhecida como Facheiro ou Rabo de Raposa, nomes que remetem à sua aparência característica. A taxonomia dessa planta destaca sua posição entre os cactos da Caatinga, reforçando sua importância na flora regional.
Importância
O facheiro desempenha um papel importante nos ecossistemas do Nordeste brasileiro, especialmente nas áreas de caatinga onde ocorre naturalmente. Como planta suculenta adaptada a ambientes secos, contribui para a conservação do solo e a retenção de água, ajudando a manter o equilíbrio ambiental em regiões sujeitas à estiagem prolongada. Suas estruturas espinhosas e porte arbustivo oferecem abrigo e proteção para pequenos animais e insetos, funcionando como um refúgio essencial em habitats áridos.
Embora não haja registros específicos de uso econômico ou medicinal para essa espécie, sua presença tem valor ecológico significativo. O facheiro pode ser parte da alimentação de algumas espécies de fauna local que se beneficiam dos frutos e da sombra proporcionada pela planta. Além disso, sua adaptação a condições adversas torna-a um bom exemplo de resiliência vegetal, o que pode inspirar interesse em projetos de conservação e paisagismo sustentável em regiões semiáridas.
Do ponto de vista ornamental, apesar de não ser amplamente explorada comercialmente, a planta apresenta características visuais atraentes, como seus espinhos dourados translúcidos e flores vistosas, que podem valorizar coleções de cactos e jardins especializados em flora brasileira. Assim, o facheiro agrega valor tanto ambiental quanto estético, mesmo que seu uso direto ainda seja limitado.