Micranthocereus stevesii

Cacto azul - Micranthocereus stevesii

Com sua impressionante coloração azul-esverdeada, este cacto apresenta caules colunar que podem atingir até 1,8 metros de altura, com base mais larga e afilando na região fértil. Um diferencial marcante é o cephalium, uma estrutura formada por tufos longos de pelos brancos que surgem na parte superior, onde flores tubulares brancas desabrocham, conferindo um visual único e elegante. O cephalium é essencial para a reprodução da planta, protegendo as flores e frutos.

Ideal para ambientes com bastante luminosidade, o Micranthocereus stevesii requer solo bem drenado e regas moderadas, adaptando-se a climas secos. Sua aparência rara e sofisticada faz dele uma excelente escolha para colecionadores e amantes de plantas que buscam uma espécie diferenciada, com beleza singular e características botânicas especiais.

R$ 27,20R$ 34,00

-20%

Ganhe R$ 1,36 de volta no PIX

ou 2x sem juros no cartão

Frete calculado no checkout

Disponibilidade:Pronta entrega
Envio:Enviado sem substrato
Tamanho

Galeria de fotos

Aqui você vê a espécie em diferentes fases de crescimento e contextos, como plantas adultas e em ambiente natural. Essas imagens ajudam a visualizar como a planta pode ficar no futuro e não representam a planta específica à venda.

Sobre

Com porte arbustivo e formato colunar, essa espécie de cacto pode atingir até 1,8 metros de altura, apresentando ramificações apenas na base. Seus caules são marcantes pelo tom azul-esverdeado a forte glaucous, com a parte basal mais larga, chegando a 12 cm de diâmetro, afilando para cerca de 5 cm na região superior fértil. A estrutura do caule é composta por 9 a 12 costelas tuberculadas, com areolas ovais que exibem longos pelos brancos, conferindo um aspecto característico.

As espinhas variam em cor conforme a região do caule, indo de tons vermelho-escuros a marrons claros ou dourados na área fértil. O ápice dessas costelas desenvolve tufos de pelos brancos longos, que podem alcançar até 7 cm, formando um cephalium distinto. As flores são brancas, tubulares e curvadas, medindo até 5,5 cm de comprimento, enquanto os frutos possuem coloração que vai do verde-azulado ao esverdeado, com uma polpa branca característica.

Encontrada em áreas de quartzito na Serra São Francisco, no norte da Bahia, essa espécie é rara e considerada basal dentro do seu gênero, o que indica uma origem antiga e habitat restrito. Seu porte, coloração e estrutura diferenciada tornam essa planta única tanto para colecionadores quanto para quem aprecia plantas com características singulares.

Cuidados

Para o cultivo, é fundamental utilizar um substrato bem drenado, misturando terra própria para cactos com areia grossa ou pedriscos, evitando o encharcamento das raízes. A planta requer luminosidade intensa, preferencialmente sol direto por várias horas ao dia, simulando seu habitat natural em áreas abertas e ensolaradas. A rega deve ser feita de forma moderada, garantindo que o solo seque completamente entre umedecimentos, especialmente no período de dormência, que ocorre nos meses mais frios.

A temperatura ideal varia entre 20°C e 30°C, sendo importante protegê-la de geadas, pois não tolera frio intenso. Em ambientes internos, manter boa circulação de ar e iluminação natural é essencial para evitar problemas. Pragas comuns incluem cochonilhas e ácaros, que podem ser controlados por inspeção regular e aplicação de produtos específicos para cactáceas.

A propagação é feita principalmente por sementes, que devem ser semeadas em substrato leve, com boa luminosidade e temperatura estável para facilitar o enraizamento, que pode ser lento. Multiplicação por estaquia não é recomendada devido à estrutura da planta. Seguindo esses cuidados, o cultivo do cacto azul pode ser realizado com sucesso, respeitando suas necessidades naturais.

Morfologia

O cacto apresenta hábito arbustivo com crescimento em colunas que podem alcançar até 1,8 metros de altura, ramificando-se apenas na base. Seus caules exibem coloração azul-esverdeada a fortemente glauca, com a parte basal mais robusta, chegando a 12 cm de diâmetro, afinando para cerca de 5 cm na região superior fértil.

Possui de 9 a 12 costelas tuberculadas, cada uma medindo aproximadamente 15 mm por 15 mm. As areolas são ovais, com até 7 mm por 4 mm, e apresentam longos pelos brancos que alcançam cerca de 30 mm nos segmentos vegetativos. As espinhas variam em cor do marrom-avermelhado ao dourado na zona fértil, com geralmente uma espinha central de até 25 mm e entre 30 a 40 espinhas radiais que podem medir até 20 mm.

Na região fértil, desenvolvem-se tufos de pelos brancos longos, conhecidos como cefálio, que podem atingir até 70 mm e aparecem em até sete costelas. As flores são tubulares, brancas e curvadas, medindo até 55 mm de comprimento por 35 mm de largura. Os frutos têm coloração que varia do verde esbranquiçado ao azul-esverdeado, com cerca de 35 mm por 40 mm, contendo polpa branca. Essas características tornam a espécie bastante distinta dentro do gênero, facilitando sua identificação mesmo por quem não é especialista.

Distribuição e Habitat

O cacto azul é encontrado em uma população restrita nos ambientes de quartzito da Serra São Francisco, localizada no norte do estado da Bahia, Brasil. Essa região apresenta condições específicas que favorecem o desenvolvimento dessa espécie, caracterizada por um habitat natural bastante singular e limitado. O ambiente de quartzito oferece solo pedregoso e bem drenado, ideal para o crescimento dessa planta que está adaptada a tais condições.

Além de sua ocorrência restrita, essa espécie convive de forma simpátrica com outras plantas típicas da região, como Pilosocereus pachycladus, Micranthocereus flaviflorus e Melocactus zehntneri, o que indica um ecossistema com flora especializada e adaptada ao clima e solo locais. A distribuição geográfica limitada e o isolamento em um habitat específico contribuem para a raridade dessa planta, que é considerada um relicto dentro do gênero Micranthocereus.

Devido à sua ocorrência reduzida e à especificidade do ambiente natural, o cacto azul não é encontrado em outras regiões do Brasil nem apresenta registros de introdução em outros locais. Sua presença restrita reforça a importância da conservação dos ecossistemas de quartzito da Serra São Francisco, que abrigam essa e outras espécies com características únicas e pouco comuns.

Taxonomia

O Cacto azul pertence à família Cactaceae, dentro do gênero Micranthocereus, que é exclusivo da flora brasileira, especialmente em regiões áridas e rochosas do Nordeste. A espécie stevesii destaca-se por sua posição filogenética basal dentro do gênero, o que indica que pode representar uma linhagem antiga e relictual, com características únicas que a diferenciam das outras espécies relacionadas.

Micranthocereus stevesii revela uma relação próxima com outros cactos do mesmo gênero, assim como com espécies dos gêneros Stephanocereus e Pilosocereus, com as quais pode ser confundida devido a algumas semelhanças morfológicas, como a base do caule inchada. No entanto, diferenças marcantes nas flores e nos frutos, como a forma tubular e curvada das flores e a inserção profunda dos restos do perianto nos frutos, ajudam a identificar corretamente a espécie.

Não há registros oficiais de subespécies ou variantes significativas para Micranthocereus stevesii, o que reforça seu caráter singular. A compreensão da taxonomia dessa espécie é fundamental para sua conservação, dada sua distribuição restrita e raridade na natureza. Assim, ela representa um grupo taxonômico importante para estudos de evolução e biodiversidade no ecossistema de quartzitos da Serra São Francisco, na Bahia.

Importância

O valor ecológico do Cacto azul - Micranthocereus stevesii está relacionado ao seu papel como componente exclusivo da flora de áreas de quartzito na Serra São Francisco, no norte da Bahia. Por ser uma espécie rara e com distribuição restrita, contribui para a manutenção da biodiversidade local e pode servir como indicador da saúde ambiental desses ecossistemas específicos. Sua presença ajuda a sustentar a complexidade do habitat, oferecendo abrigo e alimentação para organismos adaptados a ambientes áridos e rochosos.

Embora não existam registros amplos de uso comercial ou econômico para essa espécie, sua importância também reside no potencial científico e conservacionista. Como membro basal do gênero Micranthocereus, pode fornecer informações valiosas sobre a evolução e adaptação dos cactos em regiões semiáridas brasileiras. A preservação dessa planta contribui para estudos botânicos e para a proteção de espécies endêmicas que enfrentam ameaças devido à fragmentação do habitat e alterações ambientais.

Além disso, o Cacto azul possui valor ornamental devido ao seu porte imponente, coloração azulada dos caules e flores brancas tubulares, características que despertam interesse entre colecionadores e apreciadores de plantas suculentas, reforçando seu papel na valorização da flora nativa brasileira em ambientes urbanos e jardins especializados.

Você também pode gostar