Pilosocereus ulei

Facheiro de Ule - Pilosocereus ulei

Planta típica da caatinga da Bahia, o Facheiro de Ule é um cacto de porte arbóreo que pode alcançar até 6 metros de altura. Seus caules eretos apresentam coloração verde-acinzentada, com costelas marcadas e espinhos marrons flexíveis. Adaptado a climas semiáridos, exige pouca água e prefere sol pleno. Suas flores tubulares vinho e frutos arredondados acrescentam beleza e originalidade ao cultivo, ideal para paisagismo sustentável e colecionadores.

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Sobre

O Facheiro de Ule é um cacto característico da região da caatinga, especialmente presente no estado da Bahia, onde cresce de forma natural em áreas de altitude média, acima de 500 metros. Seu porte pode atingir até 6 metros ou mais, apresentando um hábito arbustivo ou arbóreo com múltiplos ramos e hastes eretas que conferem um aspecto robusto à planta. As hastes possuem entre 18 e 20 costelas, com coloração que varia do verde-escuro ao verde-acinzentado, e são revestidas por longos pelos cinzentos que se destacam nas areolas, conferindo um visual único e facilmente identificável.

As espinhas flexíveis e de coloração marrom decoram suas costelas, com espinhos centrais mais longos e espinhos radiais em maior número, formando uma proteção natural contra predadores e ajudando na adaptação ao ambiente seco. As flores, que surgem em regiões laterais e afundadas do caule, apresentam tonalidade vinho e formato cilíndrico, com partes internas de coloração esbranquiçada. Seus frutos têm formato globoso a piriforme, contribuindo para a reprodução da espécie.

Essas características fazem do Facheiro de Ule uma espécie singular dentro da flora de cactos brasileira, especialmente por sua adaptação ao clima semiárido e sua presença restrita à Chapada Diamantina e áreas adjacentes. Além de sua beleza, seu crescimento vigoroso e estrutura diferenciada ajudam a compor a paisagem típica do seu habitat natural, representando um importante componente da biodiversidade local.

Cuidados

Para o cultivo adequado, o solo deve ser bem drenado, preferencialmente arenoso ou com boa mistura de matéria orgânica que evite o acúmulo de água nas raízes. A exposição ao sol pleno é essencial, pois a planta está adaptada a ambientes semiáridos e requer luz intensa para se desenvolver bem. Evite locais sombreados ou com pouca luminosidade, que podem comprometer seu crescimento.

A rega deve ser feita de forma espaçada, permitindo que o substrato seque completamente entre cada irrigação. Durante os períodos mais quentes, como primavera e verão, a frequência pode ser aumentada, mas sempre evitando o encharcamento, que pode provocar apodrecimento. No inverno, a rega deve ser bastante reduzida, respeitando o período de dormência natural da planta.

Temperaturas entre 20°C e 30°C são ideais. A planta não tolera geadas ou frio intenso, que podem danificar seus tecidos. Observe também a ocorrência de pragas comuns em cactos, como cochonilhas e pulgões, que podem ser controladas com óleo de neem ou produtos específicos para controle biológico.

A propagação é feita principalmente por estaquia de caule. Recomenda-se cortar segmentos saudáveis e deixá-los cicatrizar em ambiente seco e ventilado antes do plantio, prevenindo o apodrecimento. O enraizamento é mais eficiente em substrato adequado e sob boa luminosidade, facilitando a multiplicação para uso ornamental ou recuperação de plantas.

Morfologia

O Facheiro de Ule apresenta um porte que varia entre arbóreo e arbustivo, podendo atingir até 6 metros de altura. Seus caules são eretos, ramificados e possuem cerca de 7 cm de diâmetro, com tonalidade que vai do verde-escuro ao cinza-esverdeado. Cada caule possui entre 18 e 20 costelas, com dimensões aproximadas de 8 a 9 mm de largura e 7 a 8 mm de espessura, conferindo uma estrutura robusta.

As areolas, localizadas ao longo das costelas, medem de 4 a 5 mm e estão espaçadas por 10 a 12 mm. Dessas emergem longos pelos grisalhos e espinhos flexíveis, geralmente marrons. São de 2 a 3 espinhos centrais, com até 18 mm, e de 13 a 15 espinhos radiais, que variam entre 3 e 15 mm. Essa combinação cria uma textura característica na superfície do caule.

As flores são laterais e afundadas no caule, cobertas por uma lã cinzenta e espinhos de até 10 mm. Medem entre 4 a 4,7 cm de comprimento e 1,7 a 2 cm de largura, com pericarpo e tubo floral de coloração vinho. O tubo floral cilíndrico tem cerca de 30 × 22 mm, coberto por escamas lanceoladas a triangulares de 2 a 5 mm, e o interior das pétalas é esbranquiçado.

Os frutos apresentam formato globoso achatado a piriforme, medindo entre 3,5 e 6 cm de comprimento por cerca de 4 cm de diâmetro. As sementes são pequenas, ovais e marrons, com aproximadamente 1 × 0,7 mm. Essas características morfológicas são essenciais para identificar a espécie em seu habitat natural.

Distribuição e Habitat

O Facheiro de Ule é uma espécie endêmica do estado da Bahia, no Brasil, ocorrendo principalmente na região da caatinga do norte do Rio São Francisco. Seu habitat natural situa-se em altitudes aproximadas de 500 metros ou mais, especialmente nas bordas noroeste da Chapada Diamantina, uma área conhecida por sua vegetação típica de clima semiárido.

Essa planta está adaptada às condições ambientais da caatinga, um bioma caracterizado por solos pobres e períodos prolongados de seca, o que evidencia sua resistência ao clima seco e quente. O Facheiro de Ule contribui para a diversidade da flora local, destacando-se em ambientes de vegetação xerófila e áreas de transição dentro do semiárido baiano.

Até o momento, não há registros amplos de sua introdução ou cultivo fora de seu ambiente natural, o que ressalta seu caráter restrito e específico a essa região do Brasil. Compreender sua distribuição ajuda a valorizar a conservação dos ecossistemas em que está inserida, além de orientar práticas de cultivo e preservação em ambientes semelhantes.

Taxonomia

O Facheiro de Ule pertence à família Cactaceae, conhecida por agrupar plantas adaptadas a ambientes secos e áridos, como cactos. Seu gênero é Pilosocereus, que reúne espécies de cactos caracterizadas por seus caules colunares e presença de pelos nas areolas, conferindo uma aparência lanosa em algumas partes.

A espécie específica é Pilosocereus ulei, nome científico que reflete sua identificação botânica formal. No passado, também foi referida pelo sinônimo Facheiroa ulei, mas atualmente está classificada no gênero Pilosocereus. Não há registros amplamente reconhecidos de subespécies ou variedades distintas dentro dessa espécie, o que indica uma uniformidade taxonômica relativamente estável.

Dentro do gênero Pilosocereus, P. ulei pode ser confundida com outras espécies próximas devido à semelhança na estrutura dos caules e na presença de espinhos e pelos, mas se destaca por características morfológicas específicas, como o número de costelas e a coloração das flores. Outros gêneros de cactos, como Cereus ou Melocactus, possuem formas semelhantes, mas diferem em detalhes de morfologia e nos tipos de espinhos e flores, o que auxilia na identificação correta.

Essa classificação científica ajuda a compreender melhor as relações evolutivas e ecológicas do Facheiro de Ule, situando-o dentro do vasto grupo dos cactos brasileiros e destacando sua singularidade enquanto espécie endêmica da região da Bahia.

Importância

O Facheiro de Ule desempenha um papel importante no ecossistema da caatinga, uma região semiárida onde a vegetação é adaptada a condições de baixa umidade e solos pobres. Como um cacto que pode atingir grandes alturas e apresentar muitos ramos, ele contribui para a estrutura do habitat, oferecendo abrigo e suporte para diversas espécies de animais, especialmente insetos e pequenos vertebrados. Além disso, suas flores e frutos fornecem alimento para polinizadores e dispersores de sementes, ajudando a manter a dinâmica ecológica local.

Embora não haja registros amplamente documentados sobre usos econômicos específicos do Facheiro de Ule, sua presença na flora brasileira tem valor para a conservação da biodiversidade e para pesquisas botânicas, especialmente por ser uma espécie endêmica da região de Bahia. Suas características adaptativas ao clima seco também podem ser de interesse para estudos relacionados à resistência de plantas em ambientes adversos.

A importância ambiental do Facheiro de Ule está ligada à sua capacidade de contribuir para a estabilidade dos solos e da paisagem vegetal da caatinga, auxiliando na prevenção da erosão e na manutenção do equilíbrio ecológico. Dessa forma, além de seu valor ornamental, a espécie é relevante para a sustentabilidade dos ambientes onde ocorre naturalmente.

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